
A tiquira é herança dos índios amazônicos e muito tradicional no MA.
O Globo Rural conferiu como é feito o processo de fabricação.
Do Globo Rural
imprimir O município de Urbano Santos, no Maranhão, produz uma bebida alcoólica feita a partir da mandioca, chamada de tiquira, muito tradicional por lá. O Globo Rural conferiu como é feito o processo de fabricação.
A tiquira é uma bebida destilada feita a partir da raiz da mandioca. A herança é dos índios amazônicos e acabou se transformando em fonte de renda no leste do Maranhão.
As raízes são trituradas, a massa peneirada ganha formato de beiju e vai para o forno. Depois de assado, os beijus são estocados em ambientes quentes e úmidos e ficam cobertos de fungos. A graduação alcoólica da tiquira varia de 36 a 54 graus, semelhante a da cachaça.
Um das etapas mais demoradas na fabricação da tiquira é a fermentação. A massa da mandioca descansa por até 8 dias. Dorna é como o pessoal chama as caixas de madeira onde os beijus são dissolvidos com água. Após a fermentação, a mistura vai para os alambiques, onde ocorre a destilação, ou seja, a separação do álcool. O que sobra é descartado.
Nacionel de Oliveira produz tiquira há 20 anos no município de Urbano Santos, leste do estado. Ele está animado com o rendimento da safra este ano.
A produção de tiquira no Maranhão envolve cerca de 500 mini fábricas que abastecem as quitandas do centro histórico de São Luiz. Um dos destinos do turistas que vêm ao Nordeste.
Raimundo Clementino produz em média quatro mil litros a cada safra. Garantia de boa renda no sertão. “Esta é uma tradição que rende dinheiro para colocar alimento na mesa da gente”.
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