
Foi apresentado na tarde de ontem, durante coletiva de imprensa, na Secretaria de Segurança Pública (SSP), pelos delegados Jair Lima de Paiva, da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI); Nordman Ribeiro, da Delegacia Geral; e Ricardo Pinto Aragão, delegado de Governador Nunes Freire, o fazendeiro Adelson Veras Araújo, 67 anos. Também foram transferidos para São Luís, os dois filhos dele, Francisco Maciel de Araújo, 29 anos, e Macione Silva de Araújo, 30 anos. O trio é apontado como cúmplices no assassinato de dois posseiros na cidade de Centro Novo, no Maranhão.
As ossadas encontradas na segunda-feira, 31, em uma fazenda, que era de propriedade de Adelson Araújo, na região da Reserva Biológica do Gurupi, Assentamento Guarantã do Norte, foram identificadas como sendo de Gilberto Ribeiro Lima, na época com 23 anos, e de Wanderley Ferreira de Meireles, 24 anos.
De acordo com o delegado Jair Lima, Adelson Araújo seria o mandante das mortes, pois, o posseiro Gilberto cobrava do fazendeiro uma dívida de R$ 700 de um serviço de escavação de poços; e Wanderley teria acompanhado o amigo durante a cobrança. Os homens foram assassinados a tiros e golpes de machado, tendo os corpos sido enterrados pelos filhos de Adelson com o auxílio de mais duas pessoas identificadas como “Antônio” e “Gilvan”, e que já se encontram presos na Delegacia Regional de Zé Doca.
O delegado Nordman Ribeiro disse que o grupo é formado por doze pessoas, sendo que cinco já estão presas e sete estão com os mandados de prisão expedidos pelo juiz Paulo Teles, da Comarca de Maracaçumé. Durante a coletiva, o delegado Ricardo Aragão declarou que o fazendeiro Adelson é proprietário de várias fazendas na região e que, por isso, era muito temido pela população, que tinha conhecimento do assassinato dos posseiros, mas temia falar sobre o caso.
A fazenda onde foram encontradas as ossadas foi vendida há aproximadamente dois anos para um político da cidade, e a polícia suspeita de que ainda possam existir mais corpos enterrados na área.
O crime aconteceu em 2008, na cidade de Centro Novo, e desde então a polícia investiga o caso. Em 2009, a SPCI, em apoio à Delegacia Regional d Zé Doca, iniciou a “Operação Libertação”, nome dado pelos investigadores, nas buscas aos copos dos posseiros e aos e executores da chacina.
Investigações – As informações colhidas nos depoimentos, não puderam ser repassadas aos jornalistas, entretanto, as novidades do inquérito policial ainda estão sendo apuradas na região de Centro Novo e Açailândia. Os delegados enfatizaram que os suspeitos estavam sendo investigados em sigilo, por isso o fazendeiro e demais participantes na chacina ainda estavam em liberdade, e ressaltaram que a denúncia feita na reportagem da Rede Globo pode atrapalhar o andamento do inquérito, sendo que ainda faltam ser localizados sete pessoas envolvidas nas mortes dos posseiros.
Adelson e seus dois filhos prestaram depoimento durante toda a tarde de ontem, na SPCI. Em seguida, eles foram conduzidos ao Centro de Triagem, onde ficaram à disposição da Justiça.
Jornal Pequeno
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